Tag Archives: crianças

A hora do boletim

27 nov

IMG_1860.JPGFim de ano e as aulas estão chegando no fim. Quem estudou e cumpriu todas as obrigações não tem medo da chegada do boletim. Mas, quem não estudou direito…

Nunca passei por aperto no dia de receber o boletim pois sempre cumpria as tarefas e estudava bem direitinho. Não era nenhuma “nerd” mas, sempre fui excelente aluna. E ficava pensando em como aqueles colegas conseguiam sobreviver com boletins tão horrorosos e cheios de notas vermelhas.

Na minha casa nota baixa era inaceitável e essa história de ficar em recuperação era coisa do outro mundo, não podia acontecer comigo, não. Por isso, cobro o mesmo empenho das meninas. Para mim, boletim somente com notas azuis.

Bjs

Nanda

Férias escolares à vista

25 nov

IMG_1858.JPGAs aulas estão acabando e as crianças já estão ficando de férias. O que fazer, meu Deus?

Enquanto elas estão com o tempo ocupado e a cabeça cheia de atividades fico tranqüila pois sei que tudo está tranquilo também. Mas, como diz o ditado: “cabeça vazia, oficina do diabo”, tenho medo quando o tempo está ocioso demais.

Nem sempre é possível compatibilizar as nossas férias com as dos pequenos e, quando isso não é possível temos que buscar outras opções para entreter os pequenos. Cinemas, teatros, clube, visita de coleguinhas é assim por diante…

Lá vou eu criar uma lista de entretenimento para as pequenas durante o período do verão.

Bjs

Nanda

GENTE GRANDE

10 out

IMG_0638.JPG OLHA GENTE GRANDE, PRESTE ATENÇÃO!
NÃO PRECISA MEDO DE BICHO-PAPÃO.
QUE NESSA CIRANDA EU NÃO LARGO A SUA MÃO.
APROVEITA O ANO NOVO, VÊ SE ABRE O CORAÇÃO.

DEIXA DE FAZER BICO, DEIXA DE FAZER PIRRAÇA
DEIXA ESSA CARA EMBURRADA ALI.
E RODA FEITO PIÃO, ROLA GUDE NO CHÃO
SOLTA A PIPA NO AR, VEM BRINCAR:

DE ESCONDE-ESCONDE, ESCONDE, PICULA,
PEGA-PEGA, BARRA MANTEIGA,
E PULA-PULA NA AMARELINHA E CHEGA AO CÉU
Ô GENTE GRANDE, VAMOS JOGAR BOLA, (BIS)
BRINCAR DE CASINHA OU DE RODA,
QUE O SEGREDO DE SER FELIZ TÁ AÍ.
(Grace Gomes, Ana C. França Gomes e Sérgio Valente – Grupo OPA)

Feliz dia das crianças!

Bjs

Nanda

Geração pode tudo

30 maio

imageTenho ficado estarrecida com as histórias que tenho escutado por aí de agressões de crianças e adolescentes. São relatos que, se não confiássemos na fonte, seria difícil de acreditar.

O que acontece com esses jovens que se acham os donos da verdade e do poder? São criados sem limites, regras e sem noção do certo e errado. Agridem os colegas por nada, ou simplesmente pelo fato de que são diferentes em alguns aspectos. Ameaçam bater, divulgar fotos, vídeos e fatos sem medo das consequências dos seus atos. Roubam senhas das redes sociais e se fazem passar por colegas agredindo outros. Já vi casos acabarem na polícia…image

Entre adolescentes, o número de casos de bullying é crescente mas, em crianças pequenas, na faixa dos seis anos, para mim é muita novidade. Ver um relato que crianças, estudantes de uma escola bem conceituada agrediram uma colega por nenhum motivo aparente é o “fim do mundo”!

O que será do futuro com essa geração sem lei crescendo em uma terra onde pode tudo?

Bjs

Nanda

Pesquisa na internet

20 fev

imageEstamos de mal a pior. Não temos confiança nenhuma em deixar nossos filhos sozinhos na frente do computador.

Qualquer assunto de pesquisa, por mais inocente que seja, abre um leque do mais vasto conteúdo e imagens na tela. Coisas sem sentido com a pesquisa inicial aparecem, sem nenhum tipo de filtro ou censura.image

Um coelhinho da páscoa termina em sexo, um papai Noel tambem, e nem as pesquisas com foco científico escapam. É triste e decepcionante sentar com sua filha para pesquisar sobre o tema de deficiência auditiva e se deparar com fotos de vários cadáveres em situações mais adversas. Como explicar? E pior, como deixar nossos filhos pesquisarem sozinhos?

Eta mundo difícil!!!!!

Bjs

Nanda

Meu filho, você não merece nada

5 jun

felicidade

Li esse texto e me encantei. Achei que devia compartilhar com vocês pois acredito que todos devam ler e refletir.

“Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.emburrada

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

choroBasta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.” (ELIANE BRUM)

Bjs

Nanda

Crianças e a informática

2 maio

tecnologiaParece que as crianças de hoje já nascem sabendo lidar com a tecnologia. Usam um Iphone ou iPad como se tivessem tomado várias horas de aula.

Até me considero uma expert em informática mas, minha filha está anos luz em minha frente. Enquanto eu descubro um aplicativo ela já está usando, pelo menos, uns dez.iphone

E ainda tenho que agüentar aquele olhar de “fala sério, mãe!”

Mas, bom mesmo seria se essa turma jovem canalizasse essa desenvoltura e vontade para a utilização da tecnologia a seu favor. O uso de programas comuns como Word, Excell ou Power Point é muito raro entre essa turma. E eles não sabem o quanto é necessário.

Bjs

Nanda

Peruice na infância

4 mar

patricinhaAs meninas, cada vez mais cedo, querem imitar os adultos no seu comportamento. Cabelo, maquiagem, adereços, formas de vestir e gestos são copiados, praticamente, desde o nascimento.

É muito comum encontrar as minhas filhas vestindo as minhas roupas e calçando os meus sapatos (para o meu desespero!

Mas, a briga diária fica mesmo por conta da maquiagem e cor do esmalte. Elas querem usar tudo exatamente igual ao que eu uso. Quando vejo, parecem mini mulheres, com o rosto todo pintado.

Tenho que dar uma de doida com o demaquilante na mão para retirar, pelo menos, metade da pintura. Tento explicar que fica feio e exagerado e que, muita maquiagem envelhece a pele.

Chega a ser engraçado a forma como se vestem e se enfeitam tentando parecer a mamãe. Como diz o ditado:” Quem puxa aos seus não degenera!”

Bjs

Nanda

Crianças sanguessugas

27 fev

limites

Não sei se vocês pensam como eu mas, acredito que as crianças de hoje estão sempre ultrapassando os limites.

Mas, que limites são esses?????

Estou falando dos limites entre os direitos de cada pessoa, principalmente, nos direitos referentes à individualidade dos pais.

Não me recordo de ter agido assim no passado. Muito pelo contrário. Sabia respeitar os momentos a sós dos meus pais e os momentos de descanso de cada um.

O que vejo hoje são crianças impacientes que não conseguem esperar pelos seus momentos e não sabem respeitar e aguardar o adultosanguessuga acabar de falar ao telefone, terminar uma conversa com alguém, finalizar o capítulo de um livro ou aguardar os comerciais durante um programa de TV.

Sinto como se elas tivessem a necessidade de sugar toda a nossa energia como uma forma de castigo às nossas ausências. O fato é que me sinto sem liberdade e sem espaço mesmo dedicando um bom tempo para elas.

Será que eu também fui assim um dia???

Bjs

Nanda

Crianças “full time”

20 dez

crescimento dos filhosVivemos uma vida tão agitada que mal temos tempo de apreciar os detalhes do crescimento dos nossos filhos.

Por isso, é muito importante nos desligarmos do mundo para nos conectarmos com eles durante 100% do tempo que dispomos para nossas férias.

Dificilmente não nos surpreendemos com as palavras, gestos, atitudes e risadas contagiantes dos nossos pequenos. Ficamos pensativos e questionando como será que eles aprenderam aquilo!

Sempre considerei férias como momentos para a família se entrosar, relaxar e descontrair em conjunto. Mesmo quando o tempo é curto, os dias são poucos, a possibilidade de ganhos do relacionamento familiar é enorme.

São momentos que passamos a nos conhecer mais profundamente, a entender melhor as vontades, desejos e temores de cada um. Momentos esses, que ficam para sempre, na lembrança da infância vivida.

Bjs

Nanda