Que essa pandemia pegou todo o mundo de surpresa não é nenhuma novidade. A experiência de passar por uma quarentena, com mais de 80 dias trancados em casa não foi agradável a ninguém.
Se não tomarmos os cuidado necessários para evitarmos a contaminação das pessoas, corremos o risco de entrarmos, novamente, em lockdown.
Sinceramente, não gostaria de começar um novo ano sem a liberdade de ir e vir, com medo do carinho das pessoas, de abraços e companhia dos amigos e familiares.
Sei que a quarentena já acabou e a vida está retornando ao “quase” normal! Mas, não poderia deixar de falar sobre a quarentena tecnológica que tive.
Quando ficamos presos em casa colocamos a criatividade para funcionar, fiscalizamos tudo o que está pendente na casa e deixamos a ansiedade tomar conta de nós.
Zerei toda a lista de pendências, ou melhor, quase todas pois, ela nunca tem fim. Comprei coisas úteis, que queria há muito tempo, e outras nem tão úteis assim mas, motivada pelo impulso.
Fiquei imaginando como foi a quarentena no período da gripe espanhola, sem a ajudinha da internet para nos consolar.
Se a vida de casado nessa quarentena não está fácil, imagine a vida dos solteiros. Nada de encontros, nada de festas, nada de vida social…
Como fazer o círculo da paquera girar? Como conhecer novas pessoas e se apaixonar? Como permitir que a vida siga em frente com tantas restrições e o medo que paira no ar?
Tenho duas filhas solteiras e vejo como a vida delas mudou de repente. Nada de festas, nada de “crushes”, nada de possíveis genros por aqui. Estão quase se tornando celibatárias.
Só conheço uma única história de amor entre solteiros nessa quarentena. E nem posso contar!!!!
Coronavírus, pandemia, quarentena, distanciamento social, zero viagens…
Este é o resumo do ano de 2020. E para quem gosta e está acostumada a correr o mundo, esse bloqueio significa uma mudança de vida.
Já estou de malas prontas. Seja para onde for, qualquer lugar, qualquer convite, estou indo. Não suporto mais esse isolamento e a vida rotineira de estar em casa.
Gosto de aviões, de hoteis, de conhecer culturas e novos lugares. Gosto de sair de casa e andar por aí. Gosto de marcar no mapa os lugares que já conheci.
E aí? Quem topa dar uma voadinha para o outro lado do mundo?
Gosto dos meus amigos, quero agregar, unir, promover encontros e, confesso que nesse momento de pandemia tenho sentido falta das aglomerações.
Já se vão três meses de quarentena, de distanciamento social, estando em casa. Nada de encontros, de amigos em casa, de festas, de shows, de restaurantes, cinemas e teatros.
Conto os dias para os mil encontros que quero ter, para trazer todos os amigos para a minha casa, para fazer festa para comemorar a vida e poder estar junto das pessoas queridas com muito champagne, é claro.
Já estamos na hora de caminhar para a nossa vida normal de volta. O que acham?
Se tem uma coisa que essa quarentena me deixa nervosa é a impossibilidade de viajar, de rodar o mundo, de sair da rotina.
Ai como gosto de estar de malas prontas, de planejar uma viagem de férias, de entrar em um avião!!!
Não sei vocês mas, sem as viagens, me sinto presa, sem objetivos, sem visão de mundo.
O meu consolo é que já estou vendo uma luz no fim do túnel, os países da Europa já estão retomando suas vidas , o turismo já está engatinhando de volta para o normal, a coragem para entrar em um avião já está renascendo em mim.
Tenho esperança que a vida renasça e tudo volte a ser o que já foi um dia!
Quanto mais velhos vamos ficando, mais aprendemos a lidar com as adversidades da vida. Desenvolvemos paciência e tolerância com aquilo que não concordamos.
Nesse momento de crise, de distanciamento social e de pandemia estamos submetidos a grandes pressões e, consequentemente, muito aprendizado. A nossa paciência tem sido testada de várias formas e, aposto que temos crescido muito como pessoas.
Não falo apenas pela paciência de estar fechada em casa, sem poder sair e socializar com amigos mas, a paciência pelo convívio diário com a família sem nenhuma válvula de escape. Também a paciência em lidar com as diversas crises que assolaram o país: saúde, econômica, política e como lidar com os diferentes pontos de vista.
E, pelo visto, teremos que cultivar muito mais paciência!!!!!
Nessa quarentena precisamos identificar atividades interativas para manter a união da família e interesses conjuntos. Caso isso não aconteça, cada um viverá isoladamente em seus quartos, vivendo uma vida virtual e em mundos distantes.
Além da rotina de aulas e estudo, eu e minhas filhas criamos uma rotina conjunta de pipoca e refrigerante (sei que não é saudável mas…) e muitos filmes.
A cada dia cada uma tem o direito de escolha e, eu pude interferir bastante para que pudéssemos aproveitar o momento para ampliar a cultura. Já assistimos uma vasta seleção de filmes clássicos desde o cinema mudo de Charles Chaplin, incluindo as comédias de Jerry Lewis, o drama de E o Vento Levou, a Noviça Rebelde, a irreverência de Bonequinha de Luxo, a melodia de Cantando na Chuva. Passamos pela rebeldia dos Anos 70 e 80, com os Embalos de Sábado à Noite, E.T e Footloose e Flashdance, as aventuras de De volta para o futuro, até chegarmos na atualidade com a magia do Bruxo Harry Potter, e o romance imortal da Saga Crepúsculo (que particularmente eu amo!).
Eu curti, elas curtiram e transformamos esse momento em nosso!