Quando resolvo tirar férias, praticamente enlouqueço durante a preparação para a viagem e o retorno do passeio.
O volume de trabalho duplica durante este tempo e são tantos os afazeres que, geralmente, viajo super cansada.
No primeiro dia das férias, ainda estou sob a exaustão de tantas atividade é só penso em dormir. Preciso colocar o sono em dia para conseguir relaxar durante o passeio.
E quando eu retorno, ainda estou no ritmo de viagem e a preguiça é o fuso horário dificulta a adaptação da velha rotina.
Quando pegamos voos curtos de, até 3 horas de duração, prefiro não inventar muito o que fazer senão, aproveitar o tempo para meditar e ficar na “caixa do nada”, pensando mesmo em nada.
Mas quando as viagens são longas, podemos variar nas atividades para não ficarmos entediados.
Um pouquinho de leitura, um filme para distrair, um texto para escrever, respostas para mensagens não lidas do WhatsApp e, claro, um soninho não faz mal a ninguém.
O melhor de tudo é quando podemos esticar as pernas e dormir o sono dos anjos para chegarmos descansados ao nosso destino.
Quem não gosta de viajar e conhecer novas culturas não sabe o que está perdendo.
Poder aprender novas línguas e conhecer lugares milenares, não tem preço. Gosto muito de observar o comportamento das pessoas, a forma como se vestem, como se cumprimentam e como cuidam da família.
Gosto de experimentar novos sabores, diferentes iguarias e expandir meu universo. Quem nunca provou cuy, vieiras, faisão, fois gras, restaurantes moleculares e os maravilhosos doces de ovos portugueses não sabem o que estão perdendo.
A cada cultura, uma nova experiência gastronômica para o paladar e um aprendizado que equivale a mais de mil horas de aulas.
Depois que chegamos de algum tempo viajando, é hora de colocar os pés no chão e voltar à labuta diária.
Depois de uma semana, passa o filme dos melhores momentos em nossa cabeça. Tudo de bom que vivemos, as paisagens, os aromas sentidos, as experiências vividas , os sabores experimentados. Tudo volta como um flash e nos faz reviver sensações.
De todas as experiências, a que mais me marcou e surpreendeu positivamente foi ter provado a formiga saúva. Ela tem um gosto delicioso, de erva cidreira e capim limão, alem de ser bem crocante .
O sabor das viagens fica, para sempre, nas nossas lembranças e a vontade de viajar novamente já começa a surgir.
Eu sabia que ainda ia lembrar de um monte de perrengues. Coisa maravilhosa é poder viajar e colecionar lembranças, histórias, fatos engraçados e, outros nem tanto assim.
Lembro quando estava no Estados Unidos no dia 11 de setembro e a caminho de Nova York , sete dias depois e mudei o meu roteiro para não ver tristeza e muito entulho.
Lembro de ver meu marido brigar com o GPS e contrariar as ordens só para testar os diversos caminhos.
Lembro de entrar em caminho errado e ficar perdida dando voltas em círculo.
Lembro de correr feito louca e perder o voo de volta para casa, depois de 15 dias trabalhando fora. E o detalhe é que era meu aniversário!
Lembro de ter perdido muitos voos por motivos mais variados: ficar parada na alfândega, não ter despachado a mala de mão, com todos os meus cremes e shampoos, ter chegado atrasada no aeroporto.
Lembro das 542 vezes que fui parada na Alfândega para inspeção de bagagem. Acho que vou dedicar um post só a esse tema!
Lembro de minha sobrinha vomitando em pleno voo, ao meu lado.
Lembro da dor de barriga que tive, uma vez, no avião, em plena turbulência.
Lembro da primeira turbulência que passei e o grito que dei. Que vergonhaaaaaaa.
Lembro de ter me hospedado em um Castelo suntuoso e bem caro, quando estava ainda no início da vida de casada e, não podia. A consciência doía!
Lembro de chiliques que dei por causa de quartos minúsculos em hoteis, onde eu entrava de frente e saía de ré. E o gerente me ofereceu outro quarto.
Lembro de uma viagem de carro com outro casal e, no fim, ninguém sabia de quem era o peido da vez. Foram 17 dias assim, cheirando peido, porém dias maravilhosos!!!!!!
Será que ainda vou lembrar de mais perrengues??????