Quero minha vida normal de volta. Quero minha rotina de trabalho, as atividades das minhas filhas, os encontros com os amigos, a liberdade de um abraço e um beijo.
Quero os almoços de domingo em família, quero visitar meus familiares, quero poder frequentar bares, restaurantes, cinemas, teatros e shows.
Quero o direito de ir e vir, quero viajar pelo mundo, quero o meu carnaval de volta, indo atrás do trio, ao som do axé, com a multidão ao meu lado.
O mundo pós pandemia não é mais o mesmo. Tudo mudou, as pessoas vivem com medo e o afastamento social é uma necessidade.
Não nos sentimos à vontade para sairmos em grupo, aglomerarmos pessoas, dançarmos em um show ou pularmos atrás de um trio elétrico em pleno carnaval.
Não nos foi permitido ainda a frequência nas escolas, nos cinemas e nas festas da nossa sociedade. Estamos buscando uma forma de aprendermos a viver de acordo com o novo normal.
Começamos o ano com o pé direito. Tudo estava indo bem e as perspectivas de crescimento do nosso país eram concretas. Seria o melhor ano da história em crescimento e desenvolvimento.
Mas, de repente, tudo girou. O que era positivo mudou de rumo, a economia parou, a vida deu uma pausa, as pessoas se guardaram, o comércio foi fechado, as crianças passaram a estudar de uma forma diferente.
Nem lembro a última vez que botei combustível no carro…
O ano chegou na metade e nada produzimos. As pessoas estão sem recursos, sem vontade de investir, com medo de gastar, até mesmo porque não estão ganhando.
Mesmo que tudo acabe, que tudo volte ao “normal”, que não exista mais o vírus ou que a vacina seja criada, não estaremos normais. Não voltaremos ao rumo inicial, não retornaremos ao ponto de onde paramos.
Não é de hoje que surgem doenças que dizimam parte da população mundial. É claro que nós nunca vivemos uma para contar história e estamos vivendo agora. Não sabemos o que vai acontecer, como conseguiremos combater o vírus mas, precisamos seguir em frente.
Entre 1333 e 1351 a peste bulbônica, também chamada de peste negra, matou aproximadamente 50 milhões de pessoas entre a Ásia e a Europa.
Entre 1817 e 1824 a cólera matou centenas de milhares de mortos pelo mundo.
Entre 1850 e 1950 a tuberculose matou um bilhão de pessoas pelo mundo. Essa doença já matava há mais de 7.000 anos atrás e ainda mata até hoje.
Entre 1896 e 1980 a varíola matou 300 milhões de pessoas e aterrorizou a vida de figuras importantes por mais de 3 mil anos.
Já a gripe espanhola, entre 1918 e 1919 matou 20 milhões de pessoas não só na Espanha, mas em todo o mundo, inclusive um presidente brasileiro.
O tifo matou 3 milhões entre 1918 e 1922.
A febre amarela causou epidemia entre a África e as Américas entre 1960 e 1962 e fez 30mil mortos.
O sarampo tem 6 milhões de mortos e a malária tem 3 milhões de mortos e seguem matando.
E tudo isso sem falar na Aids que já matou mais de 22 milhões de pessoas desde 1981.
E agora é a vez do coronavírus. Vamos nos prevenir. Ele vai matar muita gente. Mas a sociedade vai sobreviver!