Para cada situação da vida cotidiana existe um ditado popular adequado. Costumava ouvir um monte deles quando era criança. Meus pais e minhas avós tinham uma sabedoria e se aproveitavam para utilizá-los nos momentos mais oportunos.
Quando eu sentava na mesa e não gostava do cardápio servido, logo ouvia: “Comeu eu e Raimundo, comeu todo mundo!”, se eu queria insistir em uma situação perigosa escutava: “Quem não ouve, sossega, ouve, coitado!”, se eu criava uma situação problema ouvia dois tipos de ditados: “Quem pariu Mateus que o balance!” ou “Quem comprou seu carvão molhado que o abane!”.
E outros tantos ainda… Me mandavam levar um casaco em caso de frio pois “O seguro morreu de velho!”, e que eu assumisse as consequências dos meus atos pois “Não adianta chorar pelo leite derramado!”, para eu tomar conta do presente pois “Águas passadas não movem moinhos!”, para eu planejar bem as minhas ações pois “Apressado come cru!” e “Quem ri por último ri melhor!”, para eu olhar bem ao meu redor e as pessoas à minha volta pois “O pior cego é aquele que não quer ver!”.
Tambem era muito importante escolher bem os amigos e evitar aqueles interesseiros que “Plantavam verde para colher maduro!”, principalmente, porque para a sociedade “Quem com porcos anda, farelo come!”. Era importante estar atenta pois “À noite, todos os gatos são pardos!” e depois “Não adianta chorar pela morte da bezerra!”.
E mais os conselhos para uma vida como: “A esperança é a última que morre!”, “Filhos criados, trabalhos dobrados!”, “Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher!”, “Deus ajuda a quem cedo madruga!”, “Em casa de ferreiro, o espeto é de pau!”, “Quando um não quer dois não brigam!”, “De boas intenções o inferno está cheio!”, “Os últimos serão os primeiros!” e “Manda quem pode e obedece quem tem juízo!”.
Repito todos eles com minhas filhas. Espero que elas aprendam, tambem.
Bjs
Nanda
Nanda Bahia 