Crianças sanguessugas

27 fev

limites

Não sei se vocês pensam como eu mas, acredito que as crianças de hoje estão sempre ultrapassando os limites.

Mas, que limites são esses?????

Estou falando dos limites entre os direitos de cada pessoa, principalmente, nos direitos referentes à individualidade dos pais.

Não me recordo de ter agido assim no passado. Muito pelo contrário. Sabia respeitar os momentos a sós dos meus pais e os momentos de descanso de cada um.

O que vejo hoje são crianças impacientes que não conseguem esperar pelos seus momentos e não sabem respeitar e aguardar o adultosanguessuga acabar de falar ao telefone, terminar uma conversa com alguém, finalizar o capítulo de um livro ou aguardar os comerciais durante um programa de TV.

Sinto como se elas tivessem a necessidade de sugar toda a nossa energia como uma forma de castigo às nossas ausências. O fato é que me sinto sem liberdade e sem espaço mesmo dedicando um bom tempo para elas.

Será que eu também fui assim um dia???

Bjs

Nanda

Uma resposta to “Crianças sanguessugas”

  1. Avatar de X da Questão
    X da Questão 27/02/2013 às 7:05 #

    Não. Definitivamente não penso igual a ti.

    O que ganho limitando em meu filho a descoberta, o aprendizado, a novidade, a criação e o prazer dele compartilhar tudo isso comigo? NADA.

    Recordo-me muitas e muitas vezes ter acordado meu Pai, após ele ter passado a noite inteira trabalhando (23hs às 8hs), para lhe mostrar cartinhas feitas para alguma colega de colégio, como também figurinhas de álbuns de futebol ou até mesmo do passar para o 5º dia no Enduro (ganhava-se um troféu). Era com ele que queria dividir o que sentia naqueles momentos.

    O que vejo nos dias de hoje são crianças, não só as minhas, ávidas pelo conhecimento, pela necessidade em descobrir o desconhecido, em procurar transformar tudo aquilo que não faz sentido em algo ímpar. Essa é a lógica dos dias atuais. E tudo que cita (Conversa ao telefone, conversa com alguém, finalização de um livro e até mesmo um programa de TV) podem ser feitos/deixados para depois, podem ter outra prioridade.

    Passamos muito tempo longe de nossos pequenos e quando estamos perto, eles não querem nos sugar, querem apenas nosso olhar, nossa palavra, nossa atenção, nosso sorriso. Creio que seja o mínimo que podemos fazer por eles após 8,10, 12hs de sumiço.

    Fernanda, um dia eles irão sair pela porta da frente e vão esquecer-se de todos os momentos que ficaram “enchendo seu saco” e ai, nesse dia, você sentirá uma tristeza tão grande e tão profunda que “seus netos” serão prioridade em sua vida.

    Essa é uma página de um antigo livro que nunca é reescrita. Mudam os Pais, os filhos, os nomes, as ruas, as casas…mas nunca muda o final da estória.

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